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Comunicação Não Violenta e Aconselhamento no St. Nicholas

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A abordagem de aconselhamento da nossa escola é construída sobre a crença de que a segurança emocional, o respeito mútuo e a conexão genuína são a base para o crescimento e a aprendizagem de cada criança. É por isso que a Comunicação Não Violenta (CNV) está no centro do que fazemos. Ao ensinar os alunos a reconhecerem seus próprios sentimentos e necessidades, e a compreenderem as dos outros, criamos uma comunidade onde a empatia substitui o julgamento, os conflitos são resolvidos com respeito e os relacionamentos se fortalecem. A Comunicação Não Violenta oferece a crianças e adultos as habilidades necessárias para construir confiança, lidar com desafios de forma construtiva e contribuir para um ambiente escolar positivo e acolhedor.

Uma parte essencial do aconselhamento aos alunos é a escuta ativa, realmente prestar atenção ao que o outro está sentindo e do que está precisando. Quando ouvimos com atenção plena e profundo respeito, ajudamos os outros a se sentirem seguros para compartilhar de forma franca. É impressionante como a conexão pode aumentar simplesmente quando ouvimos com o coração aberto.

Por que incentivamos nossos alunos a usarem essa forma de comunicação em suas interações diárias? 

Você já desejou que as conversas com os outros, sejam seus filhos, amigos ou colegas, fossem mais fáceis, gentis e compreensivas? É exatamente isso que a Comunicação Não Violenta (CNV) propõe. Desenvolvida pelo psicólogo Dr. Marshall Rosenberg, a Comunicação Não Violenta é uma maneira de se comunicar que nos ajuda a realmente nos conectar uns com os outros.

A Comunicação Não Violenta nos lembra que, por trás de cada palavra e ação, há uma pessoa com sentimentos e necessidades como as nossas. Ao praticar a Comunicação Não Violenta em nossa vida diária, não apenas melhoramos a forma como nos relacionamos com os outros, ajudamos também a moldar um mundo mais compassivo e pacífico, no qual todos possam se sentir vistos, ouvidos e valorizados.

No fundo, a Comunicação Não Violenta não se trata apenas das palavras que usamos, mas de como nos conectamos com os outros e também com nós mesmos. É um lembrete de que, não importa quem somos ou de onde viemos, todos compartilhamos as mesmas necessidades humanas básicas, sentir-se seguro, compreendido, amado e respeitado. Em vez de julgar rapidamente alguém como “difícil” ou “errado”, a Comunicação Não Violenta nos convida a parar e perguntar: Qual é a verdadeira necessidade que essa pessoa está tentando expressar? Isso significa praticar a ausência de julgamento em nossas conversas, criando espaço para a sinceridade sem culpa. Quando começamos a ver as pessoas por esse olhar, tudo muda.

Uma das minhas ideias favoritas do Dr. Rosenberg é esta: “O que os outros dizem e fazem pode ser o estímulo, mas nunca a causa dos nossos sentimentos.” Isso significa que nossos sentimentos estão sempre ligados às nossas próprias necessidades, e não apenas ao que alguém diz ou faz. Compreender isso nos ajuda a assumir a responsabilidade por nossas emoções e abre a porta para conversas mais compassivas.

A Comunicação Não Violenta divide a comunicação em quatro passos simples que qualquer pessoa pode usar:

  • Observação: Perceber o que está acontecendo sem acrescentar julgamento ou culpa. Por exemplo, em vez de dizer “Você está sempre atrasado”, diga: “Você chegou 10 minutos depois do horário combinado.”
  • Sentimentos: Compartilhar como você se sente em relação ao que observou. Talvez você esteja frustrado, triste ou preocupado.
  • Necessidades: Refletir sobre as suas necessidades mais profundas por trás desses sentimentos. Você precisa de respeito, clareza ou conexão?
  • Pedidos: Fazer um pedido específico que possa ajudar a atender a essas necessidades, como: “Você poderia me avisar se for se atrasar da próxima vez?”

Esses quatro passos simples ajudam a transformar as conversas de acusações e frustrações em compreensão e cooperação. É como abaixar o volume do conflito e aumentar o da conexão.

Comunicação Não Violenta e aprendizagem socioemocional 

Começar a praticar a Comunicação Não Violenta ainda na infância é especialmente poderoso. Quando as crianças aprendem a nomear seus sentimentos e entender suas necessidades, desenvolvem confiança para se expressar sem gritar ou se fechar. Isso as ajuda a se relacionar melhor com os outros e a lidar com suas emoções, algo tão importante durante o crescimento. Como disse Rosenberg: “As crianças precisam de muito mais do que habilidades básicas em leitura, escrita e matemática. Elas precisam aprender a se comunicar com o coração.” E eu não poderia concordar mais.

Imagine um mundo em que mais pessoas praticassem a Comunicação Não Violenta, em que ouvíssemos profundamente, falássemos com gentileza e entendêssemos que, por trás de cada comportamento, há uma pessoa tentando atender às suas necessidades.

Lembre-se: a Comunicação Não Violenta não é apenas um conjunto de regras; é uma forma de pensar. Trata-se de escolher empatia em vez de julgamento, conexão em vez de divisão, e bondade em vez de culpa. Como Rosenberg disse de forma tão bela: “Somos perigosos quando não temos consciência de nossa responsabilidade sobre como nos comportamos, pensamos e sentimos.” Mas, quando temos essa consciência e escolhemos a compaixão, podemos transformar nossos relacionamentos e nossas comunidades para melhor.

Então, da próxima vez que você se sentir frustrado ou chateado, tente pausar e se perguntar: Do que eu realmente preciso agora? E do que a outra pessoa pode estar precisando? É uma pergunta simples que pode abrir a porta para compreensão, cura e paz.

No fim das contas, a Comunicação Não Violenta nos lembra que todos somos humanos,  complexos, mas profundamente merecedores de sermos ouvidos e compreendidos. E, quando praticamos esse tipo de comunicação gentil e honesta,  livre de julgamento, cheia de escuta ativa e profundo respeito, ajudamos a criar um mundo onde todos se sintam vistos, respeitados e cuidados.

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