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A importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos

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 “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança.” – Provérbio Africano

Apesar de parecer óbvia a importância dos pais na vida escolar dos filhos, esse é um assunto que merece reflexão. Além disso, o “como participar?” gera diversas dúvidas e inseguranças. Afinal, qual seria essa importância e quais as formas de participação possíveis? 

Ser pai sempre foi uma tarefa desafiadora para as pessoas – para uns menos, para outros mais. Porém, estar diante de um filho coloca qualquer adulto diante de diversos questionamentos: como alguém tão familiar pode ser tão diferente ao mesmo tempo? O que devo fazer nessa situação? Como posso ajudar se não entendo pelo que ele está passando?

Ser pai e mãe, diferentemente do que muitos acreditam, não é instintivo. O relacionamento entre pais e filhos se dá por um constante aprendizado, cheio de desafios. 

Nos dias atuais, entretanto, essa tarefa parece trazer questões muito particulares. Afinal, diante das mudanças culturais e das novas formas de organizações familiares – com famílias menores, por exemplo -, temos pessoas que, muitas vezes, só virão a ter contato com uma criança quando o próprio filho nascer.

Dessa forma, existe, hoje, um grande número de informações e técnicas de como criar uma criança, o que parece muito interessante como uma referência do que se fazer. Contudo, diante de tantas maneiras, pode ficar difícil sentir-se confiante sobre o que se faz.

Diferentemente de um manual do que fazer para ser um “bom pai e uma boa mãe”, este artigo tem a intenção de mostrar a importância da singularidade do que cada um de vocês faz para o desenvolvimento de seus filhos. Queremos apresentar também como isso aparece na participação na vida escolar deles, sendo injustificável a elaboração de uma receita exata para o que cada famí­lia deveria fazer para contribuir com a vida acadêmica das crianças ou adolescentes.

Desejamos uma excelente reflexão sobre os papeis de família e escola na vida dos aprendizes!

A construção do aprendizado

Não é novidade que a famí­lia é a primeira grande referência da criança. Dessa relação primordial, virá o modelo pelo qual ela usará de referência para se relacionar com as outras pessoas de sua vida. Se pensarmos no bebê, ele não sabe quem é ou o que sente: é a famí­lia que primeiro interpreta suas vontades e incômodos para que, um dia, ele comece a dizer o que, de fato, quer ou não quer. 

Na infância, por mais que a criança já tenha vontades próprias e um maior conhecimento de quem é, os pais são tomados como referências do que pode ser interessante ou não, do que se ter medo ou não, de como lidar com as diversas situações! 

De forma natural, os educadores e o ambiente escolar acabam herdando um pouco dessa relação. Assim, o desenvolvimento acadêmico se dá por meio de um processo que vai muito além da mera aquisição de conhecimentos e treinamento de habilidades. 

O aprendizado é completamente ligado ao desenvolvimento emocional, ao como as relações com os outros se estabelecem e como cada um se relaciona consigo mesmo. Por exemplo, para escrever, é necessário que se entenda a importância da comunicação, do laço com o outro e do que se tem a dizer. Dessa forma, todos os relacionamentos, sejam dentro da família, sejam com os outros, impactam de forma significativa esse processo.

A escola e a famí­lia no dia a dia do aprendiz

Vale pontuar que a vida escolar não acontece apenas na escola por meio de aulas expositivas e conteudistas. Ela também se dá: 

  • no contraturno escolar com a famí­lia; 
  • no laço com o educador e nas conexões que as crianças fazem ao chegar em casa; 
  • na importância das trocas com os pares e com a famí­lia; 
  • na resiliência aprendida para lidar com os desafios desse processo;
  • na aposta de que sempre podemos aprender mais. 

Interessar-se pelo que os filhos têm feito na escola – participando de apresentações, conversando em casa, indo a reuniões, mantendo um relacionamento com os professores, fazendo trabalhos em parceria com as crianças – faz com que os aprendizes vejam a experiência escolar sob outra ética, com mais sentido. Afinal, por mais desafios que surjam, haverão adultos interessados em dar um significado para aquelas experiências, simplesmente ao escutá-las. 

Os momentos nos quais os filhos têm a oportunidade de dividir o que acontece na escola são importantes – seja indo a uma apresentação na qual eles compartilharão o que têm aprendido, seja conversando com eles sobre a mesma.

A famí­lia pode perguntar como o filho se sentiu, o que ele mais gostou, o que aprendeu, entre outras coisas que ele queira compartilhar. Não existirá um número ideal de vezes para que esses momentos aconteçam: o que será relevante para as crianças é saber que estão sendo ouvidas e acolhidas pela famí­lia.

As consequências do envolvimento genuí­no com as crianças

Não se trata de quanto tempo se despende para participar da vida escolar dos filhos ou de cobrar bons resultados acadêmicos, mas da qualidade da presença, com o interesse pelo momento que eles estão.

Por isso, essa participação é muito maior do que auxiliar em uma lição de casa, por exemplo: tem a ver com o interesse e a escuta para o que se aprende e da conexão que se estabelece entre o que acontece na escola e do que acontece em casa – conexão, essa, entre pais e educadores.

Com esse envolvimento e parceria, as crianças podem se sentir mais seguras em relação ao processo educativo, pois terão a oportunidade de usar essas experiências para se conectarem com sua famí­lia, bem como conectar o conteúdo aprendido na escola com sua vida familiar.

Ao se sentirem escutadas, as crianças podem desenvolver uma maior confiança de que podem comunicar o que pensam na própria escola com seus educadores e pares. Suas habilidades sociais podem se desenvolver ao passo que cresce a autoestima pelo que aprendem e podem compartilhar. 

Dessa forma, podemos refletir que a importância de se participar na vida escolar dos filhos é grande. Mas, havendo diversas formas de participação, cada famí­lia poderá encontrar sua maneira de estar presente nesse momento.

No final das contas, cada um encontrará o seu jeito de participar da vida escolar dos filhos. O importante é que família e escola estejam conectadas e alinhadas, para que as experiências em ambiente escolar – acadêmicas, sociais e emocionais – tenham mais significado e estejamos todos mais presentes no dia a dia deles.

Nas escolas internacionais que utilizam um currículo IB, a exemplo da St. Nicholas, a aproximação entre a família e os aprendizes é continuamente incentivada.

Authors

  • Carolina de Almeida e1726200338908

    Carolina Almeida é coordenadora do Personalised Learning (PL) Department. É formada em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Pedagogia na Universidade Cruzeiro do Sul. 

  • Juliana Travassos e1726200774946

    Juliana Travassos trabalha no departamento de ensino personalizado da St Nicholas (Personalised Learning Department) desde 2016, onde acompanha o desenvolvimento cognitivo e emocional de crianças e adolescentes. Está na área da educação e inclusão desde 2010, graduada em Psicologia pela PUC-SP e pós-graduada em acompanhamento de crianças com transtornos do desenvolvimento e suas famílias pela PUC-SP, Instituto Langage e Instituto Gerar.

  • Livia Murazawa e1726200850164

    Lí­via Murazawa é professora do Personalised Learning (PL) Department. É formada em Letras Japonês/Português e Pedagogia ambas pela Universidade de São Paulo e cursou Psicopedagogia na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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