A educação vem passando por diversas modificações ao longo dos últimos anos, não só por conta das questões sanitárias que foram enfrentadas mundialmente, mas pelos próprios métodos de ensino, unindo a tecnologia e as ferramentas tradicionais como forma de compor a educação em todas as fases de desenvolvimento das crianças.
Assim, pensando em uma educação ativa, os modelos híbridos de ensino estão transformando os planejamentos pedagógicos e o processo educacional de maneira ampla.
O que é ensino híbrido?
O ensino híbrido é uma perspectiva educacional que combina diferentes técnicas de constituição do aprendizado, fazendo com que o aluno seja agente ativo na construção do seu próprio saber.
Essa modalidade vai combinar de maneira satisfatória práticas presenciais e online de ensino, utilizando ferramentas digitais que coadunam com o desenvolvimento prático da criança, envolvendo a família, a escola e principalmente o próprio estudante no seu processo de aprendizagem, de forma colaborativa.
Assim, o blended learning ou ensino híbrido, como se popularizou no Brasil, envolve a ideia das inovações tecnológicas como um fator principal para levar o conteúdo aos estudantes de diversas formas, envolvendo variadas linguagens e ampliando a ideia de sujeitos ativos do processo de aprendizado a partir das metodologias ativas de ensino.
A implementação dessa forma de ensino já vinha sendo utilizada por algumas escolas ao redor do mundo mesmo antes da situação sanitária mundial, com a pandemia.
O blended learning propõe não apenas uma flexibilidade referente a local e horário de aulas, mas uma gama de possibilidades de aprendizagem a partir das ferramentas disponíveis atualmente.
Desse modo, o ensino híbrido permite que o aluno seja um pesquisador, um sujeito que participa do processo, não sendo apenas um receptor de informações, mas alguém que pode participar e refletir sobre o conteúdo que está aprendendo.
Como funciona o ensino híbrido?
No modelo de ensino híbrido, as técnicas pedagógicas didáticas são trabalhadas juntamente com recursos tecnológicos, aprimorando a capacidade cognitiva dos alunos, onde eles podem desenvolver o trabalho em equipe de forma cooperativa e empática, ao mesmo tempo que suas necessidades individuais são observadas pelo professor dentro da prática pedagógica.
Uma das grandes características funcionais do ensino híbrido é a descentralização do professor como figura detentora de todo o conhecimento, desse modo, os alunos podem participar ativamente da construção do saber.
Uma das grandes preocupações dos pais e dos responsáveis é de que os alunos não serão orientados no processo de aprendizagem, dada a autonomia desta forma de ensino. Todavia, essa perspectiva não corresponde às características do ensino híbrido.
Há, no entanto, uma preocupação individualizada e direcionada para os alunos, onde por meio das novas tecnologias e das diversas fontes tecnológicas de informação, o aluno pode se sentir ativo nesse processo, gerando cada vez mais interesse em aprender.
Quais os modelos e como aplicar na educação infantil?
Diante desses esclarecimentos podemos a partir daqui demonstrar algumas formas de implementação do ensino híbrido na educação infantil a partir dos formatos mais utilizados do blended learning.
1. Rotação por estações
O professor vai planejar várias estações, com diferentes objetivos, onde os alunos vão passar por elas adquirindo, por sua vez, um conhecimento diferente em cada uma.
Na educação infantil a rotação por estações pode ser uma atividade super divertida para as crianças considerando que elas desenvolvem algumas habilidades de socialização e cooperação com os colegas.
Dividindo as estações, com as funções direcionada, colaborativa e individual, onde todas devem ser formadas por grupos de alunos, porém, respeitando suas funções para a composição do aprendizado.
Confira uma atividade temática para compor a rotação por estações com as crianças, onde o professor é um orientador do processo:
- Estação individual: os alunos estarão na mesma estação, todavia, realizando o cumprimento de diferentes tarefas. Por exemplo, podemos pensar no aprendizado com focos em diferentes letras, onde as crianças estão todas ali com o mesmo objetivo, porém, cada uma aprendendo sobre a letra inicial do seu próprio nome.
- Estação colaborativa: dentro dessa estação o professor vai trabalhar a capacidade dos alunos em realizarem tarefas diferentes para compor um resultado coletivo ao final. Assim, um exemplo de atividade colaborativa com as crianças seria, por exemplo a montagem de um cartaz com palavras e figuras que têm a mesma letra inicial dos seus respectivos nomes, onde cada criança tem uma função, como encontrar as figuras, o outro recortá-las, o outro escrever ou recortar as letrinhas da palavra e colar.
- Estação direcionada: nessa estação, o professor vai estar mais presente com os alunos no desenvolvimento das atividades, podendo atender as necessidades de maneira individual de acordo com a atividade proposta, que deve seguir a mesma temática para a turma toda, apenas dividida de forma diferente. Uma sugestão seria, por exemplo, trabalhar sobre o nome de cada aluno, no reconhecimento das letras, letra inicial e final, entre outras formas de auxiliar as crianças a desenvolverem esse aprendizado.
O professor como mediador desse processo, deve conhecer as individualidades e necessidades de cada aluno e direcionar a construção desse conhecimento.
2. Laboratório rotacional
Quando falamos de laboratório rotacional, devemos pensar na sala de aula dividida em dois grupos, onde a teoria se aplica para um grupo, enquanto o outro recebe orientações práticas sobre determinado assunto.
Depois de cumprido os objetivos de cada grupo, em cada lugar, se inverte a ordem dos grupos, onde o que recebeu a teoria receberá e a prática e vice-versa.
Com as crianças uma atividade exemplificativa pensada para essa forma de aplicação do ensino híbrido seria um estudo sobre os insetos, onde metade da turma recebe orientação teórica sobre os insetos, a partir de um documentário previamente selecionado e a outra metade da turma passa pela experiência em um ambiente externo a sala de aula, no jardim, em uma horta.
Esse laboratório exige a participação de outros funcionários em colaboração e pode ser enriquecedora para toda a equipe participante. Essa atividade seria uma rica experiência para a criança fazer com sua família e trazer as perspectivas para a sala de aula na modalidade online.
3. Rotação individual
Dentro dessa modalidade, podemos notar semelhanças com as rotações por estação, todavia, o aluno vai ter um roteiro de estudos, de acordo com suas necessidades, dessa forma ele apenas vai passar pela estação que abrange o conteúdo que ele precisa e lhe desperta interesse.
Distribuir tecnologia, recursos artísticos, materiais didáticos e artesanato, podem levar as crianças a perceberem a infinidade de formas para aprender sobre os assuntos.
4. Sala de aula invertida
A sala de aula invertida vem ganhando espaço na educação brasileira, principalmente pela grande versatilidade dessa forma de ensino híbrido, onde os alunos são levados a ter participação direta no processo de aprendizagem.
Essa forma de ensino funciona com os alunos colocados no papel de sujeitos pesquisadores e consequentemente participantes do processo de ensino-aprendizagem.
Quando o professor sugere um tema para os alunos e eles vão fazer uma pesquisa prévia, envolvendo as ferramentas digitais, o acesso a livros, filmes e diversas fontes de pesquisa que possam ser compartilhadas com a turma e com o professor nesse processo.
É justamente por conta dessa pesquisa prévia, onde o aluno já tem estudado sobre o tema antes de chegar na sala de aula que surge o nome sala de aula invertida.
Assim, o estudante já começa a formular suas próprias ideias sobre o assunto em questão e leva para o momento da sala de aula sua opinião e informações que serão desmistificadas, aperfeiçoadas, desconstruídas e complementadas, de acordo com a realidade formal sobre o assunto abordado.
Com as crianças, existem inúmeras possibilidades, onde os pequenos podem ser orientados a observar determinados comportamentos, lugares de sua casa ou de outras vivências sociais e compor uma rica pesquisa.
Qual a diferença entre o ensino híbrido e ensino remoto?
Diante dos esclarecimentos sobre o ensino híbrido, e todo protagonismo do aluno e a descentralização da figura do professor, logo se percebe a diferença quanto ao ensino remoto, que remete a aulas síncronas com um viés expositivo, onde o professor é um transmissor de conteúdo e o aluno continua no papel de receptor.
Quais os benefícios do ensino híbrido na Educação Infantil?
Como na maioria das coisas e situações que compõem a nossa vida, o ensino híbrido tem vantagens notáveis no desenvolvimento dos alunos, desde as primeiras fases da vida escolar, assim como desvantagens.
Pensando nisso, a independência dos alunos enquanto autores do próprio conhecimento é sem dúvidas uma das grandes vantagens do ensino híbrido, de uma maneira geral.
Outra vantagem é a desmistificação de que somente o professor é detentor do saber educacional, onde a coparticipação dos alunos dentro do processo de ensino-aprendizagem passou a ser fundamental para a produção do conhecimento necessário para uma boa formação escolar.
Quando estamos falando das crianças, no período escolar da educação infantil, podemos perceber com o ensino híbrido, um grande avanço quanto ao desenvolvimento das competências tecnológicas, assim como na flexibilidade dos horários com os pequenos, e ainda, o direcionamento de ações pedagógicas para as particularidades de aprendizado de cada crianças, com atividades personalizadas que somam ótimas vantagens do ensino híbrido na educação infantil.
Dentre os inúmeros benefícios ligados ao ensino híbrido, podemos elencar algumas vantagens e desvantagens que se enquadram nas diversas fases escolares e elucidam muitas dúvidas que os pais e professores possam ter sobre o ensino híbrido e suas benesses e dificuldades de implementação na rotina das crianças.
Vantagens do Ensino Híbrido
- Maior autonomia do aluno
- Aliado do currículo
- Personalização do ensino
- Conexão das tecnologias digitais com o currículo escolar
- Aprendizado interativo
- Dinamismo
- Otimização do tempo
- Aumento da criatividade
Desvantagens do Ensino Híbrido
- Exige maior planejamento organizacional por parte dos professores, o que se aplica para a escola e a família.
- Necessidade de controle das distrações para que o processo de interação digital não seja um desvio dos objetivos educacionais, principalmente quando estamos falando das crianças e dos inúmeros jogos e entretenimento presente nas ferramentas digitais.
A escola deve ser o espaço de desenvolvimento que agregado às ferramentas digitais, compõe o processo de aprendizagem das crianças, colocando o aluno como protagonista do seu desenvolvimento, orientando de forma individual e ao mesmo tempo permitindo o avanço de habilidades coletivas a partir do incentivo do trabalho em equipe.
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